TRILHAR NO BRASIL

Amigos da Região Metropolitana da Baixada Santista que se reúnem para percorrer trilhas, explorar novos caminhos, aprendendo, admirando e ajudando a proteger o ecossistema da Mata Atlântica da nossa região.

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NÃO DEIXE O SEU LIXO NAS TRILHAS (recolha e deposite em local apropriado); NÃO JOGUE RESTOS DE FRUTAS, COM SEMENTES, PARA NÃO INTRODUZIR ESPÉCIMES EXÓTICAS AO ECOSSISTEMA VISITADO... APENAS GRAVE, FILME OU FOTOGRAFE A NATUREZA!
PROCURE NÃO BEBER ÁGUA DE RIACHOS OU BICAS D'ÁGUA SEM CLORAÇÃO OU FERVÊ-LA!

domingo, 9 de outubro de 2016

Como escolher o calçado para trilha

O que é montanhismo

Bastante confundido com o alpinismo, é uma prática que consiste em subir montanhas por um percurso pedestre, sem muito estudo em relação ao caminho a ser seguido . É considerado um esporte e está ligado ao turismo ecológico. Já o alpinismo é a escalada de montanhas em um percurso previamente estudado e definido.

Uma das técnicas do montanhismo, em especial a descida em corda ou rapel, tem se destacado como alternativa mais simples de diversão e lazer, porém não é classificado como esporte por muitos. É uma atividade das mais completas para aperfeiçoamento das qualidades físicas do homem, tornando-se assim um excelente meio de se melhorar a aptidão física de um indivíduo.

Montanhismo

O que é trilha

A trilha é um caminho percorrido a pé, não necessariamente em montanhas. Pode ser feita em qualquer lugar, desde que seja ao ar livre.

O bacana na hora de sua caminhada são as inúmeras formações florestais que podem ser avistadas e exploradas. Além de que dependendo do local aonde você irá realizar sua trilha você ainda poderá encontrar macacos, tatus, cotias, lagartos, cobras, sapos, aves, entre outros.

O que levar para trilha?

Algumas pessoas levam muitos itens para fazer sua trilha/montanhismo, mas acabam esquecendo muitas vezes dos materiais essenciais para a jornada. Para facilitar a sua vida, separamos algumas dicas para fazer trilha e montanhismo.

O que levar na mochila: lanches, água, kit de primeiros socorros, remédios que você usa, protetor solar, desodorante e repelente.
Alimentação (caso fique por bastante tempo):
  • Abuse dos liofilizados. Eles são mais caros, mas são práticos e sustentam muito bem.
  • Barra de cereais, castanhas e nozes, chocolates em barra.
  • Sanduíches naturais e biscoitos.
  • Leite em pó, chocolate em pó e café instantâneo.
  • frutas como banana, maça, mexirica, peras (para quem tem pressão alta), ameixa vermelha, laranja.
Importante: Antes de sair de casa,  verifique sua mochila  se você não está carregando mais do que o seu corpo agüenta. Depois das primeiras subidas o que antes parecia leve, pode “se tornar pesado”. Avalie bem o que é realmente necessário.. Com a mochila mais leve você caminha melhor, mais rápido e não força tanto seu corpo.

O que não fazer em trilhas?
 Extremamente importante que não consuma bebidas alcoólicas quando estiver nas fazendo trilha. Alguns acreditam na ilusão de que o álcool aquece o corpo, mas muito pelo contrario, o álcool pode matar por hipotermia (ele expulsa o calor dos órgãos internos e dá a falsa sensação de calor na pele). Além de tirar o senso de direção e perigo. Inclusive em alguns parques nacionais é proibido ingressar portando bebidas alcoólicas.

Evite também o som alto, não jogue lixo no mato, não pise nos pertences alheios, seja cordial, respeitoso e prestativo. Nas montanhas e trilhas todo mundo é amigo e se ajuda.


Quais são os melhores tipos de calçado para a aventura?

Essa é a parte mais importante de sua jornada: escolher um calçado para a trilha. Escalar uma montanha não é apenas esforço físico. Existem inúmeros detalhes que influenciam numa expedição e que somente com a experiência conseguimos realizar um bom planejamento que nos ajudará no sucesso de uma escalada. Dentre estes detalhes, escolher o calçado ideal para sua escalada poderá ser fundamental para sua expedição.
Muitas vezes um tipo de calçado para trilha que não foi bem escolhido pode estragar toda a sua caminhada, pois o sapato pode rasgar e, dependendo da altitude, o seu calçado pode não aquecer seus pés da melhor maneira. Portanto, seguem abaixo algumas dicas essenciais de qual tênis para trilha é melhor para você.


Bota militar: esse é o tipo de calçado mais usado para qualquer atividade ao ar livre no Brasil. Geralmente equipamentos militares são sinônimos de boa qualidade, o que não é de todo verdade. A maioria dos equipamentos militares tradicionais são péssimos para o montanhismo. As botas militares são feitas de couro, que é um material pesado e duro e que se ainda não estiver “amaciado” pode lhe causar bolhas. Para piorar, o couro quando molha absorve a água, ficando ainda mais pesado e molhando ainda mais seu pé. Este tipo de bota não é recomendável para qualquer atividade na montanha.

Botas de cano alto: existem no mercado inúmeras botas de cano alto feitas especialmente para o montanhismo. Muitas marcas famosas fabricam essas botas com os melhores materiais do mercado, como o GoreTex® , que permite que seu pé respire ao mesmo tempo em que é semi-impermeável de fora para dentro. Porém apesar de resistentes, essas botas geralmente pecam em conforto.
Botas de cano baixo: as boas marcas de calçados de aventura fabricam botas de cano baixo. Em geral, elas são semelhantes a um tênis comum, mas com um visual mais aventureiro. Essas botas são menos resistentes que as de cano alto mais robustas, entretanto agüentam mais que os tênis convencionais. A grande vantagem deste tipo de calçado é que ele é leve e confortável.

Tênis de corrida: é quase um tênis de corrida, aliás, esses tênis são versões “outdoor” de tênis de corrida. Não recomendo que utilizem um desses para encarar uma trilha de lama ou com chuva em montanha. Eles foram feitos para correr em trilhas bem consolidadas com finalidade atlética simplesmente.

Tênis comum: esses tipos de tênis são muito abrangentes, e por isso eles podem ser tanto os piores calçados para o montanhismo quanto uma boa alternativa para se economizar grana. Saber escolher um tênis comum para usar na montanha é difícil e isso é uma coisa de cada um, e depende onde você for usar, pois geralmente só você para avaliar se aquele seu tênis serve ou não para pegar uma trilha com muita água ou então bastante seca. Cabe também cada um ter o bom senso de escolher algo descente que não vai prejudicar seu pé ou soltar a sola no meio do caminho.

Papetes: a vantagem do uso das papetes é que elas são pequenas, leves e confortáveis. Numa montanha ela pode ser interessante, pois você pode fazer a aproximação com ela e escalar com uma bota dupla. Assim, a papete não te incomodará quando você tiver que carregá-la na mochila. Mesmo que você não goste da idéia de fazer uma trilha com uma papete, é sempre bom ter uma para os dias de acampamento, quando você precisa sair da barraca e não que tenha que ter todo o trabalho de calçar uma bota por exemplo. A desvantagem é que em uma papete aberta entram muitas pedrinhas. Para isso existem modelos que são fechados na frente, evitando que isso venha a acontecer.

O problema se usar uma papete é o clima, principalmente se o lugar for molhado, o que limita seu uso às baixas altitudes. No entanto, Maximo Kausch chegou ao cume do Mont Blanc em 2003 usando uma, o que não é muito recomendável, mas é uma possibilidade para quem já está bem treinado. A papete pode ser uma opção estratégica e econômica para sua aproximação na montanha.

Botas duplas: são aquelas botas rígidas e robustas utilizadas em alta montanha. Uma bota dupla precisa ser impermeável e isolar o seu pé do frio, ao mesmo tempo em que ela tem que respirar para que seu suor não encharque seu pé. Existem três tipos de botas duplas:
  • Botas semi-rígidas: são botas mais leves e desenhadas para altitudes alpinas. Sua vantagem, além do peso, é que elas podem ser utilizadas também na aproximação, embora eu não recomende. Sua desvantagem é que em locais mais frios, com altitudes maiores, elas podem deixar seu pé congelar.
  • Botas plásticas: são botas bastante robustas e seguras para os Andes. Elas são especialmente um grande problema para serem carregadas na aproximação, porém é um mal necessário.
  • Botas “over boot”: são as botas polainas, muito boas, porém enormes e pesadas. Desenhadas para escaladas no Himalaia ou em locais muito frios, como no Alaska.
    Fique atento ao material do seu calçado, o que envolve os couros e tecidos, assim como também os solados. Se o calçado que você experimentou tem uma estética agradável, porém ele está te incomodando, experimente outro tipo.
E lembre-se que seus pés precisam descansar!
Lembre-se que durante a caminhada, especialmente as mais longas, você precisa parar algumas vezes para tomar fôlego, beber um pouco de água e recuperar as energias. Seus pés também precisam. Nas suas paradas para descanso, tire o calçado, deixe os pés respirar e coloque suas pernas para cima. Ao invés de colocar a mochila como encosto para a cabeça, coloque-a como suporte para que suas pernas fiquem um pouco mais elevadas do que o resto do seu corpo, fazendo o sangue circular melhor pelo seu corpo, restabelecendo o equilíbrio e facilitando o descanso.

Se mesmo com todos esses cuidados com os pés as bolhas insistirem em aparecer não entre em pânico! Não estoure a bolha de qualquer maneira. O ideal é que você tenha agulha fina esterilizada ou esterilize-a na hora, furando a bolha e costurando-a com uma linha, também fina, para que a pele não cole e se encha de fluido novamente. E jamais tire a pele solta. Você criará uma ferida extremamente dolorida e com maior risco de contaminação.

fonte: http://www.anitaacontece.com.br/como-escolher-o-calcado-para-trilha/

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Opção de turismo, Fortaleza da Barra abre Trilha do Goés à visitação

A partir deste domingo estará aberta a Trilha do Góes, que dá acesso a belezas naturais do entorno


23/01/2016 - 13:55 - Atualizado em 23/01/2016 - 14:14


Ruínas do antigo Paiol (Foto Luciana Sotelo)
Monumento militar que teve como meta afastar possíveis invasores há mais de quatro séculos, a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande hoje quer o oposto: atrair cada vez mais gente para suas instalações. E a partir deste domingo (24), uma boa arma estará à sua disposição para alcançar esse objetivo: a Trilha do Góes, um trajeto histórico de 1,4 quilômetro que leva o visitante até a bucólica praia de mesmo nome, em Guarujá.
Para isso, às 10 horas será reaberto o Portal Espanhol, que dá acesso ao novo roteiro turístico. Nesse primeiro dia, será oferecido um café da manhã de boas-vindas, e a caminhada começará às 10h30 – mas é preciso agendar antes.
A secretária adjunta de Cultura de Guarujá, Patrícia Regina Gomes de Lima, conta que essa estrutura foi projetada em 1714 pelo brigadeiro João Massé, engenheiro militar espanhol, para reforçar o sistema de segurança da fortaleza. Ele ampliou a muralha ao longo do canal, suprimiu o antigo armazém de pólvora (atual capela) e criou o paiol de pólvora, que também tem uma trilha. 

“A Trilha do Góes é mantida pela comunidade, e há um monitor que fará o acompanhamento dos visitantes gratuitamente, que também mora lá”, afirma a secretária.
A trilha é apenas um dos atrativos do local. Localizada em um ponto estratégico de Guarujá, entre as praias do Góes e Santa Cruz dos Navegantes, a Fortaleza possibilita visão privilegiada de toda a Baía de Santos.
Ali, os visitantes têm acesso ao conjunto arquitetônico secular, a canhões, ao museu de réplicas de embarcações do período colonial e à Trilha do Paiol, que fica no Morro da Barra Grande. De difícil acesso, ela leva até as ruínas do antigo paiol de pólvora, que fica no alto do morro.

Outros locais
O acesso à fortaleza é feito por outra trilha, a da Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, que começa em Santa Cruz dos Navegantes, ou por embarcações vindas da Ponte dos Práticos, em Santos.
Agora, por meio dessa trilha, o visitante que for ao local também poderá se refrescar na Praia do Góes ao final do trajeto. “Uma dica é combinar com o barqueiro para dar uma esticada até a Praia de Sangava, ali próximo. Há possibilidade de fazermos uma parceria para que fique sempre alguém à disposição para esse trajeto”, conta Patrícia. Outra atração é a Feira Navegantes, com exposição de artesanato e culinária local, que volta a ser realizada a partir da metade de fevereiro, assim como o projeto Quintas no Museu.

Desativação
Construída há 432 anos, a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande foi desativada em 1905, após 312 anos de atividade na defesa de Santos. Desocupada totalmente na década de 1970, passou por um longo período de abandono e foi restaurada em 1992. Em 1993, passou a ser administrada pela Universidade Católica de Santos (UniSantos). Entretanto, desde agosto de 2012 está sob responsabilidade da Prefeitura de Guarujá. Em 30 de junho de 2014, no aniversário de emancipação da Cidade, foi assinada uma lei municipal criando, ali, o Museu Histórico da Fortaleza da Barra Grande.
Visitação
A Fortaleza da Barra Grande está aberta à visitação de terça a domingo, das 9 às 18 horas. A Trilha do Góes abre de sexta-feira a domingo, com saídas às 10 horas (em grupos de até 20 pessoas). Para agendar é preciso ligar no telefone (13) 3384-6194 ou mandar e-mail para fortalezadabarra@gmail.com
Unesco 
Já considerada patrimônio nacional, a Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande está entre bens culturais incluídos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) na Lista Indicativa brasileira do Patrimônio Mundial. Isso significa que, futuramente, poderá ser apresentada ao Comitê do Patrimônio Mundial para, possivelmente, receber o título de Patrimônio Mundial.
fonte: http://www.atribuna.com.br/noticias/noticias-detalhe/guaruja/opcao-de-turismo-fortaleza-da-barra-abre-trilha-do-goes-a-visitacao/?cHash=1b8b767b457937aa6778927b1f774a70